quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sinto que estou a ser colocada à prova, sempre me conheci como defensora da paz, nunca gostei de desavenças, tentei sempre que pude unir pessoas que estavam afastadas por "brigas" tolas. Olhava para cada pessoa pelo seu lado mais positivo, parece que vivia num mundo diferente, e de repente acordei para a realidade, mas não quero ser consumida pela insensibilidade da sociedade.
Parecemos numeros, pura estatistica.
É uma prova dura lutar contra a revolta que venho a sentir ultimamente, não quero que esse sentimento se instale no meu ser
Sinto-me a caminhar por um chão que está prestes a ruir.Tento equilibrar-me...
Serei suficientemente forte para continuar com os meus principios, ou entrego-me à corrente.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Desilusão

Hoje a palavra de ordem na minha cabeça e coração é DESILUSÃO, hoje adorava ser um ser de luz e estar lá no outro lado a cumprir a minha tarefa. Hoje quiz não estar aqui neste plano, acordei feita menina ingenua para o que é a nossa sociedade corrupta e discriminatória. Hoje tive duvidas de conseguir ultrapassar este karma, sim, porque só pode ser karma. Hoje tive que aprender à "força" um novo significado de justiça, aquela que só serve aos grandes, aos de poder, e foi desilusão pura ter aprendido este significado.
Com a idade que tenho sempre achei que por fazer o bem, assim seria o nosso retorno. Hoje vejo que o bem só se pode praticar com pessoas de coração, e não com a sociedade, essa tem de ser com a razão e sempre desconfiando de tudo e de todos. Não sei se quero continuar a viver nesta sociedade.
Estou como uma criança que após alguns anos de ilusão descobre que o pai natal é falso. E tenho a sensação que é uma desilusão sem retorno pois a inocência da criança foi-se, sendo já dificil voltar a acreditar. Hoje a sociedade passou a ser a preto e branco, deixei de ver cores, vou ver cores no meu mundo, vou refugiar-me num mundo que só eu tenho acesso.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DOR


Que esta luz se mantenha sempre acesa pelos madeirenses que dela necessitam



Dia 20 de Fevereiro de 2010.

Estes dias têm sido muito dolorosos, passei pela agonia de não conseguir falar com a minha filha, e não saber quando e se chegaria a salvo a casa, mas essa dor é tão inferior àquela dos que perderam familiares, que têm familiares desaparecidos, que perderam as suas casas, e tudo o que construiram.

O Barulho que tenho ouvido desde casa, é tão....tão....ensurdecedor, que doi, ouço as caterpilar a trabalhar sem parar, as ambulâncias que não param de circular, os camiões que passam cheios de entulho, o vento como se de um lamento se tratasse.

Agora o que nos resta senão orar, e enviar do nosso coração muito amor.

A nossa ilha precisa de muita energia, da energia mais forte que é o Amor